Policiais dançam e cantam ‘Baby Shark’ para colher digitais de criança autista em Goiânia

Papiloscopistas fizeram brincadeiras com Daniel Ramos, de 2 anos, e surpreenderam a mãe do menino: ‘Cedeu a barreira entre eles e a criança’.

Fonte: G1

Um vídeo gravado no Instituto de Identificação de Goiás mostra quando policiais civis papiloscopistas cantam e dançam “Baby Shark” para um menino autista. O objetivo era colher as digitais de Daniel Nahin Ramos Moreira, de 2 anos e 1 mês, para fazer a carteira de identidade dele.

As imagens foram feitas na manhã desta terça-feira (10), durante o atendimento. A mãe do menino, Lorena Ramos Ferreira, de 35 anos, ficou a surpresa com a atitude da equipe. Ela explicou que, antes de ir ao instituto, havia uma grande dúvida se o filho iria conseguir fazer o Registro Geral (RG) pelo fato de ele ser “um tanto restritivo ao toque”.

“Fiquei imensamente surpresa com a atenção prestada a nós por parte dos policiais civis. Foi uma abordagem tão tranquila, com total atenção e paciência que cedeu a barreira entre eles e a criança”, contou a mãe.

Ela conta ainda que o Daniel foi diagnosticado com autismo aos 18 meses de vida. “Ele não fala, tem dificuldade de desenvolvimento pessoal, várias estereotipias e dificuldade de socialização. Ele se enquadra no nível 2 moderado. Não gosta de ser tocado, principalmente por pessoas desconhecidas”, contou ela.

“Uma vitória”

Para o papiloscopista Alex Leonardo Tosta, que trabalha há dois anos e três meses no Instituto de Identificação de Goiás, histórias como a do Daniel inspiram e representam uma vitória quando a equipe consegue realizar o trabalho.

“Sempre que a gente recebe uma criança que merece uma atenção especial, a gente pergunta para a família do que eles gostam. A mãe do Daniel disse que ele gosta do ‘Baby Shark’, então resolvemos colocar o vídeo. Como não estava dando certo, a gente começou a cantar e dançar”, contou Alex Leonardo.

Ainda segundo o policial, a coleta de digitais demora em média 10 minutos, mas em casos como o do Daniel, a equipe precisou de meia hora.

“Participaram os pais do Daniel e mais dois colegas policiais papiloscopistas, a Gisela e o Gabriel. Para todos nós, é uma vitória. Fica marcado. Para os colegas que têm filhos é ainda mais gratificante”, disse Alex.

Mãe já avisou a outras

Lorena se dedica em tempo integral ao Daniel e também aos outros filhos, que não têm autismo. “Precisei abrir mão do serviço para conseguir conciliar todas as terapias que são necessárias para que ele tenha uma qualidade de vida melhor”, afirmou.

E para trocar essas experiências Lorena faz parte de um grupo de mães de autistas em um aplicativo de mensagens, onde fez questão de compartilhar com as outras famílias a experiência desta terça-feira: “Falei no grupo que estão com todo o aparato necessário para receber nossas crianças”.

Assista ao vídeo aqui!

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