Homem fica uma semana preso após ter documentos copiados por criminoso
m pedreiro ficou uma semana preso na Casa de Prisão Provisória de Araguaína, norte do Tocantins, após um provável erro da Justiça. Andresley Carlos, de 34 anos, foi detido no último dia 21 de junho pela Polícia Civil em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela comarca de Goiânia (GO). O mandado era para um preso foragido, mas quando o pedreiro chegou na delegacia o delegado verificou que se tratavam de pessoas diferentes.
“Parece história de novela. Acontece que ele perdeu os documentos em 2013, em Araguaína. Sempre morou na cidade e nunca foi em Goiânia. Quando cheguei na delegacia pedi para o delegado puxar a ficha criminal e vimos que não era o Andresley”, afirmou o advogado Eduardo Cardoso.
O homem que teria se passado pelo pedreiro foi preso em Goiânia, em maio de 2013, após tentar roubar um carro. Conforme o advogado, o criminoso foi condenado, cumpriu parte da pena e fugiu da cadeia em fevereiro de 2014 sempre utilizando documento falso.
Segundo o advogado, o verdadeiro Andresley Carlos estava trabalhando na reforma de uma agência bancária no momento em que foi preso na quarta-feira da semana passada. “O delegado disse que como era uma ordem do juiz não podia descumprir. Entramos com pedido na comarca de Goiânia e o juiz admitiu que foi um erro”, a firmou.
O defensor do pedreiro ainda apresentou contracheques e documentos que mostram que o cliente estaria em Araguaína na época da prisão.
O mandado de soltura foi expedido pela Vara de Execução Penal de Goiânia nesta terça-feira (27). “Diante da existência de indícios de que Andresley Carlos não é o alvo do mandado de prisão expedido, expeça-se carta precatória de alvará de soltura”, diz a decisão do juiz Levine Raja Gabaglia.
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A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins informa que o cumprimento do mandado de prisão expedido pela 2ª Vara de Execução Penal de Goiânia seguiu a legalidade pois a pessoa presa em Araguaína apresenta os mesmos dados que constam do mandado de prisão.
Ainda segundo o delegado, a prisão ocorreu dentro da legalidade, pois havia um mandado da Justiça e deveria ser cumprido.
Em nota, o Tribunal de Justiça de Goiás disse que cabe à polícia fazer o reconhecimento. “O juiz toma como fé pública o material encaminhado pela autoridade policial. Uma vez informado de que houve erro, o Judiciário age imediatamente para corrigi-lo.”
A Polícia Civil de Goiás informou que em função da qualidade da falsificação, nem os militares nem os policiais civis perceberam quaisquer indícios de que o documento apresentado pudesse ser falso, e por isso não tentaram fazer uma identificação criminal. A nota diz ainda que a identificação criminal sem que existam indícios de falsificação nos documentos pode ser considerada abuso de autoridade.
O Andresley Carlos deve ser liberado da Casa de Prisão Provisória de Araguaína na noite desta quarta-feira (28).
Fonte: Globo.com (G1)
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