Segurança pública e violência custam bilhões para o país
Os cidadãos possuem o direito constitucional de sentirem-se protegidos, dentro de suas casas e nas ruas, em decorrência das políticas públicas de segurança praticada pelo Estado e da prestação adequada, eficiente e eficaz dos serviços de segurança pública.
Nossa sociedade vive um dos piores momentos de insegurança e o interesse pelo tema tem aumentado de forma significativa.
A segurança pública e a violência custam ao Brasil cerca de R$ 256 bilhões por ano (5,4% do PIB), conforme publicado pelo 8º Anuário Brasileiro do Fórum de Segurança Pública. A perda de vidas (57 mil mortes anuais) significa R$ 114 bilhões. O custo do governo na área é de 1,26% do PIB (um dos mais altos do mundo e um dos mais ineficientes). A prova pode ser evidenciada em dois pontos chave: O baixo índice de resolução dos crimes (Menos de 8% ao ano) – leia-se: impunidade e uma taxa de reincidência criminal superior a 70% segundo o próprio CNJ – conselho nacional de justiça.
A sensação de insegurança afeta o Brasil inteiro, especialmente as cidades mais populosas, colocando a segurança pública em destaque negativo e proporcionando campo fértil para discussões sem fim sobre a solução adequada para o combate à criminalidade, principalmente sobre a eficácia da prevenção de crimes. Por outro lado, enquanto as autoridades não tomam as medidas necessárias para resolver a Insegurança, abre-se uma oportunidade surreal para o desenvolvimento e crescimento do crime em geral.
A criminalidade no Brasil e no mundo têm se modificado e diversificado seu comportamento ao longo dos últimos anos. O crime organizado esta cada vez mais estruturado e violento. Utilizam-se de tecnologia, muita informação e parecem sempre estar a frente das forças de segurança.
Num país com desigualdade social discrepante, escolaridade, civilidade e cidadania anêmicas, fraqueza institucional sistêmica e corrupção endêmica, a violência só poderia ser epidêmica. É do conhecimento geral que os problemas passam por algumas soluções, entre elas: a) Prioridade para a prevenção (no lugar da repressão), b) Certeza da Punição (no lugar da impunidade), c) Qualidade de vida (Saúde, lazer, mobilidade, emprego, etc) e d) Educação de excelente qualidade.
Fraudes, extorsões, corrupção, roubos de cargas, explosão de caixas eletrônicos, invasão de shoppings, assalto a industrias, condomínios residenciais e/ou comerciais, ônibus, roubos em hotéis, farmácias, hospitais, shows e outros tantos crimes em lugares diversos, passaram a ser cada vez mais frequentes. Órgãos de inteligência em quase todo mundo são unanimes em indicar que próxima onda será de cyber ataques! Segundo um estudo feito pela Cybersecurity Ventures os crimes virtuais provocam uma perda anual de US$ 8 bi / R$ 28 bi as empresas brasileiras.
A atividade de segurança privada tem assumido uma inegável importância na proteção de pessoas e de bens, quer na prevenção, na dissuasão ou na reação de atos criminosos. Cabe ressaltar que a segurança privada e a segurança pública não são e nunca foram concorrentes, pois atuam em áreas distintas e complementares. O ideal seria poderem trabalhar de forma integrada, trocando informações e cooperando uma com outra na prevenção e combate à criminalidade. Reforço: A segurança privada complementa a atividade pública, exercendo, também ela, um papel chave na defesa das pessoas e dos bens.
A sociedade reconhece e convive muito bem com a segurança privada: nos aeroportos, nos eventos, nas empresas, nos shoppings, nas escolas e faculdades, no transporte de valores, nos bancos, nas indústrias, em outros tantos lugares e até mesmo em espaços públicos. Quanto ao papel das forças públicas, é insubstituível. É um papel que se não questiona e o mesmo pode se dizer da segurança privada no seu espaço próprio que a lei autoriza, com as prerrogativas e requisitos que a lei define, desenvolvendo uma atividade complementar e igualmente essencial para a proteção da sociedade.
A Segurança privada no Brasil e no Mundo esta se organizando por meio de entidades fortes e construindo importantes laços com outras áreas do setor, bem como com o poder público, afim de poder oferecer cada vez mais proteção
O desafio do nosso tempo consiste em nos aperfeiçoarmos de forma constante e incansável para estar um passo a frente da criminalidade.
Artigo publicado na revista do SESVESP #129.
Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/seguran%C3%A7a-p%C3%BAblica-e-viol%C3%AAncia-custam-bilh%C3%B5es-para-o-pipolo-ads-ase
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!