Papiloscopia auxilia na elucidação de crime no Rio Grande do Norte
O perito criminal Ladislau Brito, do Departamento de Polícia Técnico-Científica do Amazonas (DPTC-AM), ajudou a solucionar um caso no Estado do Rio Grande do Norte. Ele esteve à frente da Operação de Perícia da Força Nacional de Segurança Pública, no Estado do Rio Grande do Norte, que realizou os exames periciais e elaborou o laudo do caso.
No dia 26 de dezembro de 2016, o cabo da Polícia Militar do Rio Grande do Norte Ivan Márcio da Costa Xavier, 39, foi vítima de um latrocínio no município de Parnamirim. A policia tinha alguns suspeitos do crime, mas não existia nenhuma prova da participação dos mesmos no caso. Ladislau fez os exames de comparação balística da arma encontrada com os suspeitos, a perícia do carro utilizado no crime, onde foram obtidas impressões digitais e material genético para a análise forense e a papiloscopia.
“Por meio desses exames foi possível identificar os suspeitos do crime. O que descobrimos na aérea da perícia foi qual seria a arma utilizada no crime. Tinham algumas armas apreendidas suspeitas, e teve uma dupla de criminosos presos em Mossoró com um fuzil AR-15 calibre 5,56mm. A investigação suspeitava que aquela arma teria sido utilizada no latrocínio, e que a dupla fazia parte da quadrilha”, disse o perito, ao explicar como comprovou a participação dos suspeitos. “Quando eles executaram o policial ficou uma cápsula no local e solicitaram para mim fazer o exame de comparação balística que deu positivo e comprovou que aquele fuzil apreendido com aquela dupla no interior do Rio Grande do Norte foi o fuzil utilizado para matar o policial”, completou.
Segundo o perito, foi necessário ir até o presidio do município de Mossoró para coletar a impressão digital e o DNA dos suspeitos. “Desses dois que estavam presos um tinha impressão digital no veículo, ou seja, a gente conseguiu achar uma prova cientifica que um desses criminosos estava no veículo. Coletamos a impressão digital também de um terceiro suspeito que estava solto, e foi comprovado que ele também estava dentro do veículo, então dois criminosos tiveram a presença confirmada dentro do veículo por conta da impressão digital”, argumentou.
O perito afirma que um veículo, com pelo menos quatro integrantes, desceu no local para roubar um malote e durante a ação eles atiraram no policial militar que morreu. “Eles estavam usando luvas, estavam usando mascaras e estavam em um carro roubado que foi abandonado a uns 500 metros do local do latrocínio, até então não existiam provas cientificas. No carro fizemos a coleta de material genético, coletamos as impressões digitais no volante, na maçaneta, no freio de mão, e também de algumas luvas que eles usaram durante a ação que ficaram dentro do veículo”, relatou.
Ladislau Brito explica, ainda, que as análises do DNA e das impressões digitais são feitas por comparação, e relata algumas dificuldades durante a operação. “Faltava ainda a análise do DNA, por que lá no Rio Grande do Norte não tem laboratório de DNA, mesmo assim eu coletei as amostras e fui tentar fazer em Brasília. Eu fiz a análise dos dois suspeitos presos em Mossoró e saiu o laudo comprovando que o DNA de um dos criminosos, que era aquele que não tinha a digital confirmada, estava dentro do veículo, então, com base nisso tudo, a gente conseguiu confirmar a participação de três criminosos no latrocínio”, finalizou.
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