Polícia e PCT Guamá trabalham em sistema de identificação de retrato falado com características regionais

Fonte: Agência Pará – Por Jackie Carrera (SECOM) Dos famosos cartazes de ‘Procura-se’, o retrato-falado sempre esteve no cinema e nos desenhos animados. Uma demonstração clara de que ele sempre fez parte do nosso dia a dia e é cada vez mais atual. Desde o primeiro retrato falado, datado do fim do século 19, até hoje, a representação descritivo-facial por meio de imagens continua sendo uma importante ferramenta na investigação policial. No Pará, a Diretoria de Identificação da Divisão de Homicídios da Polícia Civil iniciou uma parceria com o Parque de Ciência e Tecnologia – PCT/Guamá para instalar o primeiro Sistema Automatizado de Identificação Biométrica (ABIS) do Estado, que terá o primeiro retrato falado com características da região amazônica. Atualmente, a Polícia Civil do Pará utiliza o banco de imagens do Instituto Nacional de Identificação, em Brasília, que é o mesmo da Polícia Federal, e elabora os retratos com o uso do Photoshop. Mas o da Polícia Civil do Pará, com detalhes faciais característico da região Norte, será o único. “Através de um convênio com o PCT, nós estamos projetando um sistema biométrico, onde dentro dele teremos um banco de imagens regionais para fazer reconhecimento facial. Ou seja, detalhes do rosto, dos olhos, do nariz, da boca, queixo, tudo que remete às características de quem é da região Norte. Hoje nós temos peças universais, de outros países e regiões do Brasil. Mas o nariz de quem nasce no sul não é igual de quem nasce aqui. Então além das peças universais, teremos também a regional”, explica o diretor do setor de identificação, Jorge Almeida, que tem experiência de mais de 25 anos na área. Segundo Jorge Almeida, apenas 17 estados brasileiros possuem o sistema de identificação biométrico, atendendo a implantação da nova carteira digital (Decreto 9713/ 2019). O sistema automatizado biométrico é o mais completo e moderno, pois cruza informações do retrato falado com informações de impressões digitais. “Os programadores já começaram a desenvolver o sistema biométrico, e nós estamos repassando todo o banco de imagens da Polícia Civil para que ele seja desenvolvido. O trabalho deve levar 4 anos para ser concluído. Estamos aguardando os recursos do BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento). O investimento é alto, mas de uma só vez. Porque se a gente fosse comprar um sistema aí do mercado, o ABIS de uma empresa privada, iria custar de R$12 a R$30 milhões, sem contar que seria por contrato temporário”, ressalta Jorge Almeida. Ao longo dos anos, com o avanço da tecnologia, o retrato falado passou de um desenho feito à mão para a combinação de imagens digitais feitos em programas de computador. O processo de modernização é uma necessidade para atender os novos tempos. “Isso confere agilidade no processo de inquérito policial e na solução de crimes”, reitera o diretor de identificação da PC. Apesar de todas as mudanças na elaboração de um retrato falado, o que nunca mudou foi o fato de se basear na descrição de vítimas ou testemunhas sobre os rostos de criminosos. Essa é a parte mais humanizada do trabalho, que requer muita experiência e sensibilidade por parte dos papiloscopistas. “Contamos com a informação que sai da mente de uma pessoa. E o nosso papel é materializar essa informação. Ela precisa lembrar e descrever, mesmo tendo passado por uma situação difícil. Por isso temos todo um traquejo para lhe dar com essa pessoa. Se ela está cansada, com sono, nervosa, em choque. Não podemos pressionar a lembrar. Ela que determina quando pode falar e o que falar. Geralmente, é agendado o dia para ela vir e fazer esse retrato sem pressa e mais tranquila”, conta a papiloscopista, Lúcia Oliveira. Cada detalhe é importante ser colhido para chegar a um retrato fiel do criminoso. Mas nem sempre isso é possível. Os profissionais contam que a experiência ajuda muito para identificar até mesmo que a vítima não tem ideia nenhuma do autor do crime. “Há casos que conseguimos perceber que essa vítima não viu o criminoso. Ela disse no primeiro momento ao delegado, mas quando chega aqui não consegue dar nenhuma característica. Em outros casos, a pessoa não lembra mesmo dos detalhes do rosto, mas conversando com a gente consegue lembrar de uma tatuagem, a estatura, alguma característica no corpo. Aí o retrato falado não é possível de ser feito, mas essas outras descrições nós relatamos no laudo enviado ao delegado”, conta Ana Pimentel, outra papiloscopista que faz parte da equipe de identificação forense da polícia civil. O trabalho sério e relevante à sociedade tem ajudado a solucionar vários casos policiais, de estelionato, a estupros e latrocínios. Um dos casos emblemáticos da história da Segurança Pública do Estado, foi o do esquartejamento do jovem, Joelson Ramos, em um motel na região metropolitana de Belém. A principal acusada, Savana Nathália, foi descrita por duas testemunhas, o taxista e a funcionária da lanchonete. “O retrato falado dela foi fundamental para chegar na namorada da vítima”, afirma Leuzimar Torres. Na época, a polícia conseguiu traçar uma linha de investigação baseada na relação que ambos tinham pela internet, e descobrir um terceiro suspeito, o amante de Savana. “o retrato falado não é prova de crime. Não podemos afirmar que alguém parecido com a imagem é o criminoso. Mas o retrato se assemelha, é um forte indício que auxilia no inquérito policial. Serve como o norte para identificar o verdadeiro suspeito”, disse Leuzimar Torres, papiloscopista. O trabalho de identificação por retrato falado é feito pela equipe da Divisão de Homicídios em Belém, mas também nos municípios de Santarém, Marabá e Castanhal. Nos outros municípios são atendidos casos prioritários, sobretudo para identificação de quadrilhas de roubo à banco que atuam no interior do Estado.
1° Simpósio Estadual de Identificação – Cuiabá/MT

Simpósio estadual discute tecnologias a serviço da identificação humana A Diretoria Metropolitana de Identificação Técnica (DMIT) da Politec realiza dos dias 27 de fevereiro a 1º de março o 1º Simpósio Estadual de Identificação, com o tema “Tecnologias a serviço da identificação humana”, no auditório Milton Figueiredo, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em Cuiabá. O evento reunirá profissionais de diversas áreas para discutir sobre tecnologias que podem ser usadas para o aprimoramento do serviço de identificação do Estado de Mato Grosso. O público-alvo são os servidores da DMIT, Papiloscopistas, estagiários e Técnicos de Desenvolvimento Econômico e Social, funcionários de Postos de Identificação e representantes de prefeituras municipais. As inscrições para o Simpósio estão abertas e podem ser realizadas no link. A programação conta com palestras e demonstrações acerca da atuação do Papiloscopista no processo criminal; aspectos do serviço cartorial referentes à identificação civil; Decreto 9.278 de 2018 e Decreto 8.727 de 2016; importância de um banco de dados de qualidade; e tecnologias para coleta de dados biométricos. No dia 1º de Março haverá a apresentação do novo modelo de RG, com os novos padrões para emissão de Registro Civil no Brasil. O Instituto de Identificação Dr. Aroldo Mendes Paiva, vinculado à DMIT, atualmente atende aproximadamente 140 municípios de Mato Grosso. De acordo com os organizadores, com esse evento será possível reunir profissionais da área da Papiloscopia, servidores atuantes dos postos de identificação, bem como representantes dos governos de esfera municipais e estadual, e da iniciativa privada ligados às tecnologias de identificação. Fonte: www.mt.gov.br
Sistema de biometria nos estádios é responsável por quatro prisões na Arena da Baixada

Em virtude do sistema de Biometria nos Estádios, fruto do convênio celebrado pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) com a Celepar, com o Detran-PR e com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, na partida entre Clube Atlético Paranaense e Clube Atlético Mineiro, realizada neste domingo (13/05) na Arena da Baixada, houve a identificação e o cumprimento de quatro mandados de prisões. Os mandados foram identificados na catraca do estádio através de uma webservice de consulta aos dados de segurança pública, por meio da consulta biométrica. Somente as Polícias Civil e Militar têm acesso a esses dados, para viabilizar o cumprimento dos respectivos mandados. Os infratores foram identificados na catraca por Policiais Militares e encaminhados para o cumprimento dos procedimentos legais. O Juiz Auxiliar da 2ª Vice-Presidência do TJPR, Ricardo Henrique Ferreira Jentzsch, destacou o sucesso do projeto: “A ideia inicial do convênio sempre foi contribuir com a Segurança Pública no ambiente do futebol e dos eventos de grande porte. Com essa funcionalidade permitindo identificar-se na entrada do Estádio o indivíduo que tenha contra si alguma pendência com a justiça, como mandados em aberto, a sociedade tem a confiança de que o Estado cumpre o dever estabelecido pela Constituição Federal e pelo Estatuto do Torcedor, e o criminoso passa a perder a famigerada sensação de impunidade”. A Desembargadora Lidia Maejima, 2ª Vice-Presidente do TJPR, lembrou da importância de incentivar e de aperfeiçoar o uso da tecnologia em favor da Segurança Pública: “O Estado do Paraná tem sido pioneiro em soluções tecnológicas de aprimoramento da Segurança Pública. A identificação biométrica dos cidadãos na entrada do estádio, com a identificação de eventuais mandados de prisão e ordens de restrição é algo inédito no Brasil, que merece ser difundido. Os resultados já começam a aparecer, e é cada vez mais sensível o baixo número de ocorrências no estádio e em seu entorno. Isso é um inequívoco sinal de que o Paraná conta com mecanismos efetivos de controle da violência”. O Coordenador de Segurança do Clube Atlético Paranaense, Ronildo Finger Barbosa, ressaltou a importância da parceria para o êxito do trabalho. “O sucesso da operação é resultado do trabalho em conjunto das áreas internas e externas envolvidas, o que possibilitou ações rápidas, eficientes e discretas durante a tentativa de acesso dos torcedores com mandados em aberto. Ao tentarem acessar com suas digitais, essas pessoas foram identificadas pelas catracas do Clube. O supervisor local acionou a Polícia Militar, que encaminhou o torcedor à DEMAFE [Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos]. Os demais torcedores nem chegaram a perceber que isso estava ocorrendo, devido à discrição e à rapidez das ações.” Fonte: Redação Bem Paraná, com assessoria
Paraná será o primeiro estado a emitir documento que reúne RG, CPF e título de eleitor

O Paraná foi escolhido para o projeto-piloto da emissão do Documento Nacional de Identidade, que reúne em um único aplicativo digital a identidade, título de eleitor e CPF do cidadão. O governador Beto Richa e a vice-governadora Cida Borghetti participaram nesta quinta-feira (5) do lançamento do documento, na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Curitiba. Richa disse que o Paraná foi escolhido como território do projeto-piloto por causa do estágio de desenvolvimento tecnológico do Estado. “Vamos disponibilizar, a partir de hoje, o grande banco de dados de biometria que temos no Estado para que possamos ter, a partir do Paraná, o Documento Nacional de Identidade, que facilita, simplifica e desburocratiza a vida do cidadão”, afirmou o governador. Dois mil servidores do Instituto de Identificação do Paraná, Detran, Celepar e TRE serão os primeiros brasileiros a ter o novo documento, a partir desta segunda-feira (9). As primeiras emissões vão servir para testar a estabilidade do processo e avaliar a solução para que ela esteja consolidada quando for ofertada para a população em geral, o que deverá ocorrer no segundo semestre deste ano. A vice-governadora afirmou que o documento vai trazer mais segurança e agilidade para os cidadãos. “O Paraná está mais uma vez na vanguarda, a partir da integração entre o TRE e o Governo do Estado para disponibilizar as bases de dados biométricos”, disse. Revisão biométrica O novo documento vai utilizar a base de dados do cadastro eleitoral da Identificação Civil Nacional, criada a partir da emissão do título de eleitor com identificação biométrica. Só vai conseguir emitir o documento, que será 100% digital, quem já fez a revisão biométrica e suas impressões digitais batem com o que está cadastrado na Justiça Eleitoral. “Isso vai evitar fraudes e duplicação de documentos, porque hoje os cidadãos podem tirar uma Carteira de Identidade em cada um dos 27 estados”, explicou o presidente do TRE-PR, Luiz Taro Oyama. Isso vai garantir uma identidade única para cada cidadão e reforçar a segurança e a confiabilidade da identificação. Outros mecanismos de segurança irão evitar possíveis fraudes do documento. O aplicativo só poderá ser acessado com uma senha pessoal. Além disso, um QR Code é gerado a cada acesso para fazer a verificação do documento. De acordo com Maria Tereza Uille Gomes, membro do Conselho Nacional de Justiça e do Comitê Gestor de Identificação Civil Nacional, o Documento Nacional de Identidade será mais seguro, pois evitará falsificações e a duplicação de dados. “Será um instrumento de cidadania para os brasileiros, que terão, desde o seu nascimento, um número único que o identificará perante todos os atos da vida civil”, disse. “Hoje existe uma fraude bancária astronômica que poderia ser evitada com o uso de documentos integrados entre o Executivo e o Judiciário, como é caso do DNI”, afirmou. Emissão Neste primeiro momento, somente os servidores já selecionados poderão fazer o DNI. A partir do próximo semestre, o cidadão interessado em ter o documento deve fazer um pré-cadastro em um aplicativo que será disponibilizado à população. Está em análise que a emissão será feita nos postos do Instituto de Identificação do Paraná, Detran e Celepar para fazer a revisão biométrica. Além do CPF e Título de Eleitor, o projeto prevê a incorporação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), as certidões de nascimento e de casamento e o cartão saúde após as fases de testes. Fonte:
Quase metade dos brasileiros prefere biometria por dispensar memorização de senhas, diz pesquisa

Quase metade dos brasileiros consideram o uso da biometria mais seguro do que o de senhas, e uma proporção parecida prefere essa ferramenta a ter que decorar diversas senhas. É o que mostra pesquisa divulgada pela Visa e pela AYTM Market Research. A pesquisa ouviu 10 mil pessoas em 17 países. Entre os brasileiros que responderam, 48% apontam a biometria como um método mais seguro que as senhas, e 46% dizem que ela é vantajosa porque dispensa a necessidade de memorização. A preocupação com a dificuldade de decorar as senhas não é à toa. Entre os entrevistados, 28% admitem que já abandonaram alguma compra pela internet porque esqueceram alguma senha necessária para realizar a operação. Além disso, a pesquisa mostra que uma boa parcela dos consumidores tem muitas senhas para decorar: 64% contam que não têm senhas únicas. Ainda considerando os entrevistados brasileiros, o levantamento mostra que 85% acreditam que a biometria torna as operações mais rápidas que o uso de senhas. Além disso, 89% a consideram mais fácil. Fonte: site G1
Sistema que identificou digitais de Geddel em dinheiro está travado

Uma das principais ferramentas de investigação da Polícia Federal (PF) está parcialmente inutilizada por falta de manutenção. O sistema AFIS (sigla da tradução do inglês de Sistema de Identificação Automatizada de Impressões Digitais), que identifica e cruza dados de impressões digitais, não consegue mais armazenar nem cruzar informações. O sistema foi essencial na identificação das digitais do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) nos pacotes de dinheiro encontrados em apartamento emprestado por seu amigo. O cancelamento da manutenção aconteceu porque desde o dia 4 de setembro encerrou-se o contrato da Polícia Federal com a IAFIS, empresa responsável pelo suporte do sistema. Atualmente os papiloscopistas (peritos que identificam impressões digitais) da PF não podem armazenar dados no sistema e nem fazer cruzamento de fragmentos de impressão com os dados armazenados. Foi esse tipo de cruzamento que permitiu encontrar a digital de Geddel nas notas apreendidas. Um memorando assinado pelo diretor do Instituto Nacional de Identificação, Brasilio Caldeira Brant, foi enviado aos diretores das superintendências regionais da Polícia Federal alertando sobre os problemas no sistema e indicando procedimentos. “Em função disso (cancelamento da manutenção) e diante do iminente esgotamento do banco de imagens do sistema, cuja manutenção ficava a cargo da empresa contratada, este Instituto Nacional de Identificação orienta a todos os usuários AFIS a não fazer nenhum tipo de inclusão, até que novo contrato seja assinado”, diz o documento. “Tal precaução deve ser tomada já que, completando-se todo o espaço do banco de imagens, toda e qualquer funcionalidade do AFIS será interrompida, sem que seja possível estimar quais prejuízos isso traria ao sistema. Vale ressaltar que o sistema ainda poderá ser utilizado para consultas de impressões digitais constantes no banco de dados.” Outra circular orienta os policiais a não utilizarem o sistema para checar passaportes ou a identidade de foragidos internacionais. “AFIS fora do ar e sem previsão (de retorno). Nesse período as consultas Interpol e todos os passaportes emitidos não serão consultados no sistema”, diz a nota. A reportagem ouviu papiloscopistas da Polícia Federal sobre o problema. Sob a condição do anonimato, eles disseram que o sistema está parado. Passaportes serão emitidos sem garantia de unicidade do cidadão, disse um papiloscopista. Segundo ele, todas as unidades da PF nos Estados que utilizam o sistema AFIS terão seus trabalhos de perícia papiloscópica (identificação de suspeitos, fragmentos de impressão digital encontradas em local de crime, identificação de estrangeiro) prejudicados. Outro perito diz que o sistema pode ser perdido de vez, caso não haja manutenção. Se não houver a atualização do software, segundo ele, o AFIS terá sobrevida até, no máximo, abril de 2018. O banco de dados do sistema hoje armazena as digitais de cerca de 23 milhões de pessoas. O policial federal Flávio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal, diz que o problema é de gestão. “O sistema vai parar por falta de manutenção. A emissão do passaporte terá o ciclo rompido do ponto de vista de segurança. As perícias serão prejudicadas. Os Estados não poderão fazer pesquisas de fragmentos. Mais um erro de gestão que afeta diretamente as investigações.” DIGITAIS DO GEDDEL No processo de perícia que identificou a digital de Geddel Vieira Lima no dinheiro apreendido pela Polícia Federal vários equipamentos dos papiloscopistas falharam. A identificação foi possível mais pela persistência dos policiais do que pela eficiência dos instrumentos. Peritos ouvidos pela reportagem sob a condição de anonimato contam que o equipamento de análise papiloscópica superaqueceu e parou de funcionar várias vezes durante a perícia. O aparelho usado para recolher as impressões digitais também parou de funcionar por superaquecimento, devido à quantidade de dinheiro a ser periciado combinado com o calor de Salvador. Foram apreendidos R$ 51 milhões no apartamento do amigo do ex-ministro. O trabalho começou pela manhã. No começo da noite, os papiloscopistas encontraram alguns fragmentos de digitais e passaram então para a fase de comparação com os dados arquivados no sistema AFIS, que não retornou nenhum candidato compatível com os fragmentos descobertos. Foi então que os peritos resolveram comparar o material com as digitais de alguns suspeitos. Os problemas, porém, continuaram. O leitor biométrico do AFIS parou de funcionar e os peritos levaram cerca de meia hora para conseguir reativá-lo. Depois que conseguiram fazer o sistema funcionar tentaram comparar os fragmentos com as digitais de quatro suspeitos, entre eles, Geddel. O AFIS, então, parou de funcionar novamente. Por volta de meia noite o AFIS voltou a operar e, finalmente, confirmou que dois dos fragmentos das digitais encontradas no dinheiro eram do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Duas da manhã o laudo foi enviado ao delegado do caso. OUTRO LADO A Polícia Federal divulgou nota em que diz que “o sistema AFIS – Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais – continua em funcionamento”. Segundo a PF, “nenhum serviço prestado pela Policia Federal que dependa da pesquisa nessa base de dados será afetada. O processo de assinatura do novo contrato está em vias de finalização.” Fonte: site G1
PF vê digitais de Geddel em apartamento onde foram achados R$ 51 milhões

Polícia Federal encontrou as impressões digitais do ex-ministro Geddel Vieira Lima, no apartamento onde nesta terça-feira (5) foram encontrados R$ 51 milhões em espécie – distribuídos em malas e caixas. A quantia é a maior apreensão em dinheiro vivo já feita pela PF. As impressões digitais reforçam as suspeitas de ligação do ex-ministro com o dinheiro, comprovando que ele esteve no imóvel onde a quantia milionária estava guardada. Para a Polícia Federal, o apartamento onde foram encontradas impressões digitais de Geddel, no bairro da Graça, em Salvador, era um local de armazenagem de dinheiro em espécie. A quantia foi localizada em uma ação de busca e apreensão na Operação Tesouro Perdido, um desdobramento da Operação Cui Bono, sobre investigações de fraudes na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal. De acordo com a Polícia Federal, o dinheiro, que seria utilizado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, foi contabilizado em R$ 42.643.500 e US$ 2.688.000 (R$ 8.387.366,40, segundo a cotação do dia, de US$ 1 dólar = R$ 3,1203). A soma dos valores em dólares e reais é de R$ 51.030.866,40. Um vídeo divulgado pela polícia mostra a contagem das cédulas. Depois de contado, o valor deve ser encaminhado para uma conta judicial. Geddel cumpre prisão domiciliar há quase dois meses no apartamento dele, em Salvador, sem monitoramento eletrônico. A Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap) não dispõe de tornozeleiras. Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013, durante o governo de Dilma Rousseff. No governo Temer, foi ministro da Secretaria de Governo. A prisão de Geddel foi decretada em julho. No pedido à Justiça, o Ministério Público Federal afirmou que Geddel é “um criminoso em série” e que faz dos crimes financeiros e contra a administração pública “sua própria carreira profissional”. Fonte: Site G1